terça-feira, 29 de novembro de 2011

Correio | Mail


Recebi na passada sexta-feira uma carta da escritora Jana Oliver, cujo conteúdo gostaria de partilhar convosco. O envelope trazia algum material promocional da série “The Demon Trappers”, nomeadamente dois autocolantes espectaculares com o logótipo da saga (que me faz lembrar uma tatuagem), um postal autografado e um emblema que vai direitinho para o capote do traje universitário da minha irmã.
Agora resta-me esperar que chegue o livro “Forsaken”. Segundo as indicações que me foram disponibilizadas, deve chegar por correio dentro de três semanas.
Para quem quiser saber mais sobre este livro em concreto visitem
http://www.goodreads.com/book/show/8534899-forsaken. Os interessados em adquiri-lo em Portugal também o podem fazer! Ainda na passada quinta-feira estive na FNAC do Fórum Almada e encontrei um exemplar em inglês à venda. Aqui está o link para o site da FNAC caso alguém o queira encomendar: http://www.fnac.pt/The-Demon-Trappers-Forsaken-Jana-Oliver/a344831?PID=5&Mn=-1&Ra=-1&To=0&Nu=1&Fr=0
Para mais informações sobre esta série consultem http://www.demontrappers.co.uk/



Last Friday I received a letter from the writer Jana Oliver, and I would like to share its content with you. The envelope had some promotional material from "The Demon Trappers Series", including two spectacular stickers with the logo of the saga (that reminds me a tattoo), an autographed postcard, and an iron-on patch that will go straight to the cape of my sister’s university suit.
Now I just have to wait for the book "Forsaken" to get here. According to the information I received, it should arrive by snail mail within three weeks.
For those who want to know more about this book in particular, go to
http://www.goodreads.com/book/show/8534899-forsaken. Those interested in acquiring it in Portugal can do it too! Last Thursday I went to the FNAC store at Forum Almada and I found a copy in English for sale. Here’s the link to the FNAC site if someone wants to order it: http://www.fnac.pt/The-Demon-Trappers-Forsaken-Jana-Oliver/a344831?PID=5&Mn=-1&Ra=-1&To=0&Nu=1&Fr=0
For further information about this series visit www.demontrappers.co.uk

domingo, 27 de novembro de 2011

Opinião| Review: RoadKill, Jackie Williams

Li “Road Kill” no dia 20 de Novembro de 2011. Gostei bastante e dou-lhe 4 estrelas.
A história começa com a apresentação de uma criatura estranha e dos seus hábitos alimentares peculiares chocantes. É-nos apresentada como a última da sua espécie e somos levados a crer que a espécie se extingue quando algo acontece à criatura. Mas será que é mesmo o fim?
Desconhecia o conceito de “Road Kill” dado os meus conhecimentos limitados da língua inglesa, pelo que não compreendi de imediato o que significava. Apenas percebi o queria dizer quando dois jovens tentam comprar carne para o churrasco do Dia das Bruxas e o talhante lhes diz que não tem nada e que a única carne que conseguirão encontrar é a dos animais mortos nas estradas. E não é que eles acabam por seguir essa dica?! Claro que lhes vai sair muito caro…
É pena ser uma história tão curta. Acho que merecia ser mais desenvolvida; a ideia por detrás é forte e não pecava se fosse mais explorada. Quem sabe se a autora não resolve fazer um livro mais completo a partir desta história?


I read “Road Kill” on November 20, 2011. I liked it pretty much, so I rate it 4 stars.
It begins with the presentation of a weird creature and its shocking peculiar feeding habits. It is presented to us as the last of its kind and we are led to believe that this species will extinguish when something happens to the creature. But will it really be the end?
I wasn’t familiar with the concept of “Road Kill” once my knowledge of the English language is limited, so I didn’t understand it right away. I only got what it meant when too young boys try to buy some meat for the Halloween’s barbacue and the butcher tells them he has none, and the only meat they will be able to find is the one from the animals killed on the road. And who knew that they will follow this tip?! Of course it will have a high price…
It’s a pity that the story is so short. I think it deserved to be more developed; the idea behind it is strong and it could be more explored. Who knows if the author decides to write a book more complete from this story?

Opinião| Review: "Gerald's Car", Jackie Williams

“Gerald’s Car” é uma história pequena que li dia 20 de Novembro de 2011. Dou-lhe 3 estrelas, dado que gostei mais de “Road Kill”, mas também porque me fez lembrar várias histórias que já ouvi antes, pelo que não me despertou tanto a atenção.
Annie deixa Gerald e o mundo dele parece ruir, até que encontra um Chevrolet que o faz esquecer de tudo. Gerald isola-se e toda a sua vida passa a girar em torno do carro e daquilo que pode fazer com ele. Digamos que o veículo não traz ao de cima o melhor que há em si, mas no final terá que pagar por isso. Recordam-se dos mitos urbanos em que um condutor olha pelo espelho retrovisor e vê algo que não devia lá estar? Bem, o Gerald vai relembrá-los na primeira pessoa.
Gostei particularmente do final, quando Chevrolet regressa à oficina e é cumprimentado pelo dono da oficina.


“Gerald’s Car” is a short story I read on November 20, 2011. I rate it 3 stars, once I enjoyed more “Road Kill”, but also because it reminds me of other stories I heard before and that was why it didn’t caught my attention that much.
Annie leaves Gerald and his world seems to crumble down, until he finds a Chevrolet that makes him forget about everything. Gerald isolates himself and his life begins to revolve around the car and what he can do with it. Let’s just say that the vehicle doesn’t bring up the best in him, but in the end he will have to pay for that. Do you remember the urban myths in which a driver looks into the mirror to check the back seat and sees something that wasn’t supposed to be there? Well, Gerald will recall this myth and live it.
I particularlly liked the finale, when the Chevrolet returns to the garage and is greeted by the owner.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Entrevista| Interview: Araminta Star Matthews




Ela é professora de escrita e literatura em duas universidades perto da sua casa, é professora secundária de ensino de Inglês para adultos, é conselheira ocupacional e escritora de várias disciplinas e géneros. Com tudo isto só podemos perguntar “como consegue arranjar tempo para respirar se está tão ocupada”?
Araminta Star Matthews vive na segunda maior cidade do estado do Maine, nos Estados Unidos da América, e afirma que “trabalha muito em artesanato, principalmente artes com fibras e barro”. Também “lê imenso” e está “sempre a escrever algo”. Passa os seus poucos “tempos livres aconchegada ao seu cão ou a adorar o seu gato”.
Vamos conhecer Araminta Star Matthews, autora de “Blind Hunger” (“Fome Cega” em Português), um livro cheio de terror, emoção… e pessoas mortas a andar por aí, perseguindo as crianças para cravarem os dentes em carne tenra e deliciosa.


Olá, Araminta! Vamos começar com uma pergunta fácil. “Blind Hunger” é uma história sobre zombies. Tem medo de zombies?

Mais ou menos. Os meus maiores medos reais são carraças e “Bobbleheads” (bonecos com a cabeça maior que o corpo e que oscila de um lado para o outro). Há qualquer coisa na forma como os “Bobbleheads” se movem que me assusta. Zombies? Bem, acho que podia bem com umas investidas de não-mortos ansiosos por carne.

O que a levou a escrever esta história em particular?

O meu companheiro e eu somos grandes fãs de terror e do Dia das Bruxas, e vimos todos os filmes de zombies desde os anos 40. Começámos a fazer os nossos próprios planos de sobrevivência a zombies. Tornou-se em algo em que viajaríamos pelas estradas e procuraríamos edifícios que fossem boas fortalezas contra ataques de mortos-vivos. Não ironicamente, os Templos Maçónicos que normalmente não têm janelas onde vivo seriam fantásticos em caso se um apocalipse zombie. A conversa eventualmente terminava em “o que aconteceria se as crianças tivessem que sobreviver a um ataque?” e foi assim que “Blind Hunger” surgiu.

Alguns escritores gostam de mencionar, por exemplo, sítios reais ou inspiram as suas personagens em pessoas que conhecem. Há algo real em “Blind Hunger”?

Bem, a localização é basicamente New England, nos Estados Unidos. No entanto as personagens estão todas misturadas. Ou seja, peguei em várias pessoas que conheço na minha vida real e recriei-as no papel.

Qual foi a parte mais fácil de escrever? E a mais difícil?

A parte mais fácil foi os diálogos da Kiley. Sarcasmo é-me algo natural e sei que o sarcasmo de uma rapariga adolescente pode ser o mais amargo de todos. As partes mais difíceis de escrever foram as fraquezas da Sage. Noto uma falta de raparigas e mulheres fortes na literatura, por isso criei deliberadamente a personagem mais jovem como a mais forte, tanto intelectualmente como, em alguns casos, também fisicamente. Mesmo assim a Sage é uma menina de 9 anos (por mais sobredotada que seja) e meninas de 9 anos sentem a falta das suas mães. Isso foi difícil.

Depois de escrever “Blind Hunger” que passos seguiu para o publicar?

Editei-o várias vezes antes de o submeter tanto a agentes como a editores. Levou-me um ano a encontrar-lhe “uma casa” e mais outro a fazer meia dúzia de alterações para que estivesse suficientemente apresentável para publicação em papel e em formato digital. Editar é difícil. Talvez devesse ter dito que editar foi a parte mais difícil no processo de escrita, principalmente porque não gostei sequer metade de editar o meu trabalho quanto de escrevê-lo.

Quais os principais obstáculos que encontrou quando tentou publicar o seu livro?

Foi o meu primeiro livro e ninguém publica ficção agora. Ou seja, se uma pessoa quer fazer chegar o seu livro ao público, tipicamente tem que auto-publicar ou colocá-lo na Internet. Eu não consegui ir por esse caminho. Sabia pelo meu trabalho de graduação e pós-graduação em escrita criativa que não seria levada a sério como escritora a menos que tivesse uma edição de terceiros. No entanto, ninguém diz o quão difícil é encontrar esse editor. Há que desenvolver uma “pele dura” no que se refere a rejeições, e há que recusar-se a desistir. Seria fácil desistir depois de, digamos, receber a carta de rejeição nº 15, mas não se pode. O jogo da escrita simplesmente joga-se assim.

Que comentários recebeu dos leitores até agora?

Em geral o feedback tem sido extremamente favorável. As pessoas consideram-no uma nova visão sobre um género muito explorado, ou seja, é um olhar fresco na ficção zombie. Algumas pessoas tiveram algumas críticas válidas sobre alguns detalhes que serão resolvidos na história paralela e na sequela.

Qual o melhor elogio que recebeu?

O de uma bibliotecária de literatura para jovens adultos no Midwest, julgo eu. Ela disse que era o melhor livro de zombies que já leu. Isso foi simpático.

“Blind Hunger” é o seu primeiro livro, mas já publicou outras histórias?

“Blind Hunger” é o meu primeiro livro mais completo. Tenho vários trabalhos mais curtos flutuando no éter e mundos de impressão. Tenho um livro de não ficção em co-autoria com dois colegas, que deve sair em Março de 2012. Há ainda a história paralela de “Blind Hunger”, que segue a viagem da amiga de Sage, Amanda, para o armazém (o lugar para onde Sage e os outros se dirigem no final do livro); deve sair nas próximas quatro edições da Dark Moon Digest.

Onde costuma escrever?

Escrevo principalmente no meu escritório, num computador tradicional (não num portátil). É um lugar onde me “apetece” trabalhar. Isso é outra coisa que não dizem - escrever é um trabalho, e um trabalho duro. Não espere ser um escritor e passar os dias sem fazer nada. A escrita é um trabalho a tempo inteiro (geralmente em cima de outro trabalho também a tempo inteiro).

Tem alguns "rituais" que segue quando escreve?

Alguns. Escrevo há tanto tempo, que agora posso quase sempre sentar-me apenas em frente ao teclado e derramar as palavras sem quaisquer preliminares. Às vezes fico tão perdida na escrita que me esqueço de comer. Tenho, no entanto, um ritual que sigo ao escrever os momentos das personagens e que consiste em representar as suas reacções usando dispositivos teatrais. Acho que isso me ajuda a entrar "nos seus corpos" para descrevê-los melhor. Não é incomum verem-me a rebolar no meu chão, enquanto finjo evitar um zombie só para saber o que se "sente" nessa situação.

Como constrói as suas histórias? Surgem-lhe simplesmente na mente e escreve-as ou concebe um esquema primeiro?

Acredito que as melhores histórias são aquelas que surpreendem até mesmo os escritores. Como tal, começo com uma linha base – que neste caso foi "todos os adultos transformam-se em zombies" - e em seguida crio um elenco de personagens. Atirou-os então para as situações e vejo o que fazem. Sou muitas vezes surpreendida.

Está a trabalhar num novo livro de momento?

Estou a trabalhar num manual de escrita de não-ficção (com um tema de terror) com dois co-autores, bem como numa história paralela de “Blind Hunger” chamada “The Warehouse” ("O Armazém” em Português). Também estou a terminar outro livro sobrenatural para jovens adultos. Depois disso, talvez venha a sequela de “Blind Hunger”.

Onde é que os leitores a podem encontrar?

Sou uma autora Goodreads. O Facebook tem uma página dedicada a “Blind Hunger”, da qual as pessoas se podem tornar "fãs" para mais informações. Também podem adicionar-me como amiga através dessa página. Tenho uma conta no Twitter, mas confesso que não a uso tão frequentemente como gostaria. Também tenho um site que está em processo de revisão, http://www.aramintastar.com/. Obrigado, Rute! A tua crítica foi maravilhosa!

domingo, 20 de novembro de 2011

Crítica | Review "Blind Hunger", Araminta Star Matthews


Acabei de ler “Blind Hunger” dia 19 de Novembro de 2011. Dou-lhe 4 estrelas!
Começo por dizer que não o irei esquecer, por duas razões: em primeiro lugar, foi o primeiro livro (em formato de papel) totalmente em Inglês que li e certamente será bem estimado na minha biblioteca pessoal; em segundo, foi o primeiro livro que li sobre zombies! É verdade! Leio bastante, mas sobre zombies foi uma estreia.
O que achei? É uma história muito bem estruturada em que os acontecimentos se sucedem de forma paralela, mas sequencial. Agrada-me particularmente a divisão de capítulos conforme as personagens que interagem nos mesmos.
Foi uma narrativa que me deixou sempre desperta e alerta, pronta a saltar da cama ou do sofá ao mínimo ruído, não fosse um zombie encontrar os quatro jovens. A autora soube combinar bem as emoções. De medo e terror passamos para momentos de hormonas aos saltos ou períodos calmos de investigação. É um livro completo que abarca um pouco de tudo.
Quanto às personagens, gosto do sarcasmo da Kiley e espero que a ligação dela ao Max venha a aprofundar-se; embora não fizessem ideia, são muito parecidos e estão bem um para o outro. Também me pergunto se irão tornar-se ambos zombies, tendo em conta que foram mordidos e não ficou esclarecido se o vírus se propagava também pela mordidela de um morto-vivo.
A Sage intrigou-me. De início pensei que se tratava de uma rapariga mais velha e não de uma criança de 9 anos, afinal os seus diálogos não correspondiam à maneira de pensar e de falar de alguém dessa idade. Mais à frente veio a explicação: é uma criança sobredotada. E veio mesmo a calhar! O grupo precisava de alguém com a sua inteligência. Porém, a Sage não deixa de ser uma menina que sente a falta dos pais que acabou de perder.
O desfecho da Rachel foi previsível, pelo que não me surpreendeu. Também acho que as respostas/ atitudes irónicas e sardónicas da irmã são mais interessantes para a dinâmica do grupo de sobreviventes.
O Bryan é o típico rapaz giro armado em cavaleiro andante, mas o Max fascinou-me mais. Gostava de saber um pouco mais sobre o Max.
O final ficou em suspenso, com o grupo em viagem. Como irão ser as coisas dali em diante? Segundo a autora, está a ser preparada a sequela. Ainda bem! Gostava de saber o que se segue e o que acontece às crianças num mundo em que os adultos são agora os seus piores inimigos. A fuga do liceu foi bem sucedida, mas conseguirão repetir sucesso no que irão encontrar pela frente?


I finished reading “Blind Hunger” on November 19. I rate it 4 stars!
Let me start by saying that I’ll not forget it, for two reasons: first, it was the first book (in paperback) entirely in English that I’ve read, and it certainly will be well appreciated in my personal library; second, it was the first book I read about zombies! It's true! I read a lot, but about zombies it was a first.
What did I think of it? It’s a well structured story, in which events succeed one another in parallel, not sequentially. I like particularly the division of chapters according to the characters who interact in them.
It was a narrative that always left me awake and alert, ready to jump out of bed or sofa at the minimum noise, fearing that a zombie would meet the four friends. The author blended the emotions very well. Of fear and terror you move to moments of hormones jumping around, or to calm periods of investigation. It’s a complete book that covers a little of everything.
As for the characters, I like Kiley’s sarcasm, and I hope that connection between her and Max gets even deeper; although they didn’t know it, they are very much alike and they are good for each other. I also wonder if both will become zombies, taking into account that they have been bitten, and it was unclear whether the virus was propagated also by the bite of an undead.
Sage intrigued me. At first I thought she was an older girl and not a 9 year old child, once her dialogues didn’t correspond to the way of thinking and talking of someone of that age. Later on came the explanation – she’s a genius. It came in handy! The group needed someone with her intelligence. However, Sage still is a little girl who misses her parents.
Rachel’s outcome was predictable, so I wasn’t surprised at that. I also think that the ironic and sardonic responses / attitudes of her sister are more interesting for the dynamics of the group of survivors.
Bryan is the typical cute boy, a shining knight, but Max fascinated me more. I’d like to know a little more about Max.
The end was left in suspense, with the group on the road. How will things be from then on? According to the author, the sequel is being prepared. Great! I’d like to know what happens next, and I wonder what will happen to the children in a world where adults are now their worst
enemies. The escape from the high school was successful, but will they be able to repeat that success in what they have ahead?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Livros | Books

Eis os últimos livros a juntarem-se à minha lista para ler e criticar.

Here are the last books to join my list to read and review.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que há de novo? | What's new?


Olá a todos!
Está na altura de fazer uma actualização das minhas últimas acções. Dividirei então este post em duas partes: leitura e escrita.

1) Leitura

De momento encontro-me a ler o primeiro livro em inglês que me foi oferecido em formato de papel: “Blind Hunger”, de Araminta Star Matthews. Estou na página 140 de 232 e espero acabá-lo entre esta semana e a próxima.
Ao mesmo tempo encontro-me a ler o segundo volume da saga “The Eternal Series”, intitulado “The Eternal Echo”. Esta história, da autoria de Candy Crum, ainda se encontra em fase de construção, mas a autora pediu-me para ler o que tem até ao momento e dar a minha opinião, e é o que tenho feito. Para quando prevejo a conclusão desta leitura? Tendo em conta que estou a lê-la em formato digital e não é a única história por que tenho que “passar os olhos”, talvez a termine no final da próxima semana.
O que se segue? Duas pequenas histórias de terror de Jackie Williams, uma escritora muito simpática de Gales, que me tem dado uma grande ajuda com a tradução do meu livro para inglês. Provavelmente lerei “RoadKill” e “Gerald’s Car” no mesmo dia, tendo em conta que não são muito grandes.
O próximo passo consiste na leitura da história “The Chosen Ones”, de Celester Mejia. O livro ainda não foi publicado e ele, à semelhança da Candy, pediu-me a minha opinião antes que este esteja disponível para o público.
Em simultâneo com a narrativa do Celester tenciono ler o ebook “Raven”, de Suzy Turner. Era suposto ter iniciado esta leitura antes, mas “tempo” é um conceito que me tem escapado por entre os dedos. Bem precisava que o dia tivesse mais horas! O que mais me deixa frustrada é que, por vezes tenho um bocadinho mais vago, podia fazer o que tenho a fazer, porém estou tão cansada que me falta a vontade. Enfim, também tenho que dar algum descanso à minha mente de vez em quando.

2) Escrita

Continuo a trabalhar com a escritora Jackie Williams na tradução do meu último livro (ainda por publicar, não é, senhores editores?), “Perdidos”. É verdade que tinha traduzido o texto entre Maio e Junho deste ano, porém o meu inglês estava tão “enferrujado”, que tive que recorrer ao tradutor do Google e trabalhar as frases depois. O que esperavam? Não tocava em material em inglês desde o primeiro ano da faculdade; já lá vão sete anos! Entretanto, comecei a ler livros de escritores ingleses, o que me ajudou a recuperar um pouco e me proporcionou uma oportunidade de aprendizagem. Há tantas diferenças entre a literatura inglesa e a portuguesa! Sabiam que, por exemplo, os diálogos em inglês são escritos entre aspas, ao passo que nós utilizamos os dois pontos, parágrafo e travessão? Claro que isto não é novidade para quem lê em inglês há muito tempo, contudo para mim foi uma novidade. Traduzir certas expressões também é uma dor de cabeça! A título de exemplo, posso dizer que em inglês não existem “paninhos quentes”, mas sim “soft soap” (sabão suave). Pois, tem tudo a ver…!
Enfim, por entre uma dificuldade ou outra, tenho alterado os capítulos traduzidos de acordo com o que aprendi ultimamente e depois tenho-os remetido para a Jackie, para que ela os corrija. Depois de os ver, ela envia-mos de volta e eu faço uma nova verificação, pois há sempre frases ou expressões cujo significado não compreendeu, ou frases que julgou quererem dizer algo e alterou-as até fugirem ao significado original. Que podemos fazer? As nossas línguas são diferentes! É algo que não se pode evitar.
Neste momento encontro-me a modificar o capítulo 27 (de 32) e a Jackie já me remeteu dez capítulos corrigidos, embora eu ainda não tenha verificado o 9º e o 10º. Se conseguir alterar um capítulo por dia, terei a minha parte concluída no domingo; depois só tenho que ver as coisas à medida que a Jackie as for enviando. Espero mesmo ter tudo feito até domingo. E porquê? Fui a (mais!) uma entrevista de emprego e, se ficar com a vaga, irei trabalhar por turnos e não terei tanto tempo para me dedicar a traduções. Claro que até posso nem ficar com o trabalho; aliás, ir a entrevistas e passar todas as fases para depois não ficar com o posto não é novidade para mim – já há um ano que estou desempregada, sei bem do que falo. De qualquer forma, prevenir nunca fez mal a ninguém, por isso “correcções a todo o vapor” até domingo!
Quanto à versão portuguesa de “Perdidos”, tendo em conta que nenhuma das “grandes” editoras se mostrou disponível para publicar o meu livro, tenciono aproveitar para fazer uma nova revisão. Sabem como é: alterar uma coisinha ou outra, cortar alguma informação que talvez não seja tão relevante… E depois pedirei a uma professora de Português para corrigir a história. Talvez no Natal de 2012 a publicação de “Perdidos” seja uma realidade. Até lá irei trabalhar no segundo volume, dado que a história não acaba no primeiro ;-)


Hi, everyone! It’s time for an update on my last actions. I’ll split this post in two parts: reading and writing.


1) Reading
At the moment I’m reading the first paperback book in English ever offered to me – “Blind Hunger”, by Araminta Star Matthews. I’m on page 140 of 232 and I hope to finish reading it between this week and the next one.
At the same time I’m reading the second volume of “The Eternal Series”, called “The Eternal Echo”. This story, by Candy Crum, is still being written. However, and once the author asked to read what she has so far and to give her my opinion, that’s what I’ve been doing. When will I conclude this reading? Bearing in mind that this is an ebook and this isn’t the only thing I have to read, maybe I’ll finish it by the end of next week.
What’s next? Two short horror stories, by Jackie Williams; she’s a very nice writer from Wales, who has been providing me a huge help in what comes to translating my book to English. Most likely I’ll read both “RoadKill” and “Gerald’s Car” the same day, once they aren’t too big.
The following step is to read “The Chosen Ones”, by Celester Mejia. His book is not published yet and, like Candy, he asked my opinion before it is available to the public.
Simultaneously, I intend to read the ebook “Raven”, by Suzy Turner. I was supposed to have started this reading before, but “time” is a concept that has escaped through my fingers lately. I really needed the day to have a few more hours! What frustrates me the most is that, sometimes I have an open space, I could take it to do what I have to, still I’m so tired that I don’t have the will to. Well, my mind also needs some rest from time to time.


2) Writing
I’m still working with the writer Jackie Williams to translate my last book (still to be published, right Mister Publishers?), “Perdidos” (“Lost Ones”). The truth is I had translated the text between May and June 2011; nevertheless, my English was so rusty that I had to use Google Translator and work on the sentences next. What did you expect? I didn’t touch in anything in English since my first year in college; it has been 7 years! Meantime I started to read books of English writers, which allowed me to recover a little and it provided me some learning. There are so many differences between English and Portuguese literature! Did you know that, for example, dialogues in English are written within inverted commas, while we use two points (:), new paragraph and a dash? Of course this isn’t new to who reads in English for a while, but to me it was new.
Translating some expressions is also a headache! For example, I can say that in English there’s no such thing as “hot fabrics”, but “soft soap”. Yep, they have nothing to do with one another…!
Anyway, amid one difficulty or another, I have changed the chapters I translated before, according to what I’ve learned recently. Then I send them to Jackie, for her to correct. Next she sends them back to me and I check them once more, because there’s always sentences or expressions which meaning Jackie didn’t understand; or there are phrases she thought meanging one thing, she changed them and they became totally different from what I meant. What can we do? Our languages are different! It’s something we can’t avoid.
At this moment I’m modifying chapter 27 (of 32), and Jackie has already sent me back ten chapters, although I haven’t checked 9th and 10th yet. If I manage to change a chapter per day, I’ll have my part done by Sunday; then I just have to check things as Jackie sends them.
I really hope to have everything ready by Sunday.Why? I went to (another!) job interview, and if I get the spot, I’ll work by shifts and I won’t have much time for translating. Of course I may not get the job; in fact, going to interviews, pass all phases and then not get the post is not new to me – I’m unemployed over one year, so I know what I’m talking about. Anyway, preventing never harmed anyone, so I’ll “translate at full speed” till Sunday!
As for the Portuguese version of “Perdidos”, once none of the major publishers showed any interest in publishing my book, I intend to take advantage of that and do some more editing. You know, to change one thing or another, cut some information that may not be that relevant… And then I’ll ask the help of a Portuguese teacher, to correct everything. Maybe by the Christmas of 2012 “Perdidos” will be released. Until then, I’ll work on the second volume, once the story doesn’t end with the first one ;-)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Entrevista| Interview: Vítor Frazão


» ENGLISH VERSION AVAILABLE HERE

Tal como prometido, aqui fica a entrevista a Vítor Frazão, autor de "Crónicas Obscuras: A Vingança do Lobo".

As promised, here's the interview to Vítor Frazão, author of "Crónicas Obscuras: A Vingança do Lobo" ("Obscure Chronicles: The Revenge of the Wolf").

Olá, Vítor. Podemos começar com uma pequena apresentação? Fala-nos de ti.

Muito bem, comecemos pelo tema menos interessante. Simplificando, sou um arqueólogo que gosta de escrever fora da sua área de formação, principalmente narrativas de dark fantasy. Nasci em 1985 e fui criado na vila de São Martinho do Porto, facto que, verdade seja dita, pouco ou nada diz sobre os “comos” e “porquês” presentes na minha escrita. Pensando bem, a apresentação correcta seria: alguém que ainda tem muito que aprender sobre a arte de escrever e, por melhor que se torne, espera continuar a fazê-lo até morrer.

Quando começaste a escrever e o que te levou a decidires-te por isso?

Ora aí está uma pergunta muito mais complexa do que parece à primeira vista… Escrevi muitos posts (ainda por publicar) sobre o tema, porém tentarei transmitir a versão resumida. Infelizmente, não sou daqueles escritores que parecem ter nascido com uma caneta nas mãos (pelo menos, é essa a ideia que eles parecem querer transmitir ao apregoar a sua precocidade); o meu processo foi um pouco mais vulgar. Como todas as crianças, tinha o hábito de criar histórias, sendo algo que me dava e dá muito prazer. Durante a minha pré-adolescência e adolescência, levei a cabo as minhas primeiras tentativas de organizar essas histórias num texto coerente, algumas tiveram um sucesso relativo, outras nem por isso, mas todas foram degraus importantes na minha evolução, por mais embaraçoso que seja relê-las. “Crónicas Obscuras”, e com elas trabalhos mais maduros, só surgiram quando acabei a licenciatura, após uns anos de auto-exílio do mundo da escrita, provocado pela leitura de uma obra de Lian Hearn (novamente, batemos num ponto que daria pano para mangas). Na altura regressei, porque já não aguentava mais silenciar as histórias que continuavam a crescer dentro de mim. É isso que me leva a escrever, um desejo incontrolável de me exprimir e de um dia conseguir sobreviver da minha escrita, para que me possa dedicar exclusivamente a ela.

Fala-nos da “Vingança do Lobo”. Como escolheste a temática abordada?

Para responder a essa pergunta, primeiro precisaria de definir a temática. “A Vingança do Lobo” é sobre como a vingança de um indivíduo pode afectar a vida de muitos. Contudo, creio que te referes ao género em que a obra se insere, a dark fantasy. Sempre adorei mitos e lendas, assim como confesso ter um fraquinho por criaturas mitológicas, particularmente os monstros. Quando comecei a levar a escrita mais a sério, optar por essa temática foi algo natural. Se pretendo mudar de género literário? Não num futuro próximo, especialmente porque dark fantasy, no modo como as “Crónicas Obscuras” estão programadas, me permite tocar “ao de leve” nos restantes géneros.

A tua história passa-se em Nova Iorque. O que te levou a escolher este cenário?

Uma das perguntas mais frequente, senão mesmo a mais frequente. Nova York é a capital do mundo, a metrópole por excelência, um terreno que já foi usado em centenas de filmes, livros e séries. Recebeu tudo e todos, desde invasões extraterrestres, a comédias românticas, passando por mutantes e mulheres pseudo-modernas com a libido aos saltos. Como resultado, acaba por nos ser familiar, mesmo que nunca lá tenhamos ido, sendo esse reconhecimento automático que pretendi utilizar no primeiro livro de “Crónicas Obscuras”. O mais incrível ao lidar com a Grande Maçã é que, apesar da sua “rodagem”, ela continua a ser a cidade virgem de centenas de histórias por contar.

As “Crónicas Obscuras” são uma série, uma colectânea… Podes explicar-nos?

Normalmente, prefiro referir-me a “Crónicas Obscuras” como uma colecção ou colectânea, uma vez que “série” implica uma organização sequencial (com prequelas ou sequelas) na qual todas as obras estão directamente relacionadas entre si, o que não é o caso. “A Vingança do Lobo” tem sequelas, histórias que lhe sucedem cronologicamente e nas quais aparecem várias das suas personagens, mesmo que as narrativas sejam construídas de modo a não ser absolutamente necessário ler as anteriores para se entender ou apreciar. Todavia, o universo de “Crónicas Obscuras” possui outras histórias completamente separadas de “A Vingança do Lobo”, tanto na forma de livros, em estado embrionário, como na de contos escritos, alguns deles já disponíveis para o público. “Crónicas Obscuras” é um universo literário, uma tela na qual pretendo pintar um conjunto de obras heterogéneas em temas e localizações. A ideia base por trás de “Crónicas Obscuras” consistiu em trazer as criaturas mitológicas para uma realidade próxima da nossa, desenvolvendo através delas enredos com interesse intrínseco, ou seja, cujo valor fosse além da mera presença do sobrenatural. Estas narrativas, não têm lugar numa realidade paralela ou planeta distante, mas no nosso próprio mundo, os seus palcos são as sombras das nossas cidades e campos. Os seus protagonistas? Variam de história para história, incluindo-se em três categorias principais: Ocultos (nome colectivo dado a espécies, raças e criaturas com características sobrenaturais); Obliteradores (humanos que se dedicam ao extermínio dos Ocultos) e, por fim, humanos vulgares (gente como nós que vivem as suas vidinhas sem saberem deste conflito, condição que os Obliteradores e o Ocultos, individualmente, se esforçam para manter). Em suma, “Crónicas Obscuras – A Vingança do Lobo” é o primeiro livro daquilo que espero vir a ser uma extensa colecção de dark fantasy.

Sei que o próximo volume já está escrito. O que falta para que “veja a luz do dia”?

Uma editora. Mesmo tendo em conta algumas revisões posteriores, “O Pergaminho de Fenris” - a sequela de “A Vingança do Lobo” - foi concluída há dois anos, e “Cicatrizes” desde Fevereiro (embora não me importe de deixar esta última a “marinar” mais algum tempo, antes da revisão final). Na verdade, já estou a trabalhar no 3º livro desde “A Vingança do Lobo”. Todavia, enquanto não arranjar uma editora que me permita manter afastado dos erros cometidos no passado, receio que essas obras continuarão dormentes.

Quais as principais dificuldades com que te deparaste na busca de uma editora para a publicação do primeiro volume?

Desconhecimento sobre os protocolos particulares de cada editora para a submissão de obras (informação difícil de encontrar mesmo nos seus sites) e a hesitação patológica das editoras quando se trata de investirem em autores novos. Se o segundo é perfeitamente compreensível (afinal, é um negócio e nem todas as apostas podem ser tomadas de ânimo leve), o primeiro não se justifica. Ignorância acaba por ser o grande obstáculo quando procuramos publicar o primeiro livro, pois somos obrigados a tentar encontrar o caminho às escuras num terreno sobre o qual pouco ou nada sabemos. Além de ouvir muitos “nãos” até ao ambicionado “sim”, cada escritor novato baterá com a cabeça vezes sem conta e será acossado por “lobos” que apenas querem aproveitar-se dele. Admito que cometi a minha cota parte de erros e aprendi com eles. Editoras que tardam a responder ou que não o fazem de todo são algumas das “histórias de horrores” comuns a vários autores, tanto antes como depois de editarem o primeiro livro.

Que conselhos deixarias a quem quer ser escritor?

No que diz respeito a lidarem com editoras: paciência e cautela. Sei que a vontade de publicar é difícil de conter, mas não se deixem seduzir pela primeira editora que vos dê uma oportunidade. Não se atirem de cabeça, ponderem bem os prós e os contra e não tenham medo de dizer não. É fácil cairmos no erro de pensar em cada oportunidade como a última, mas acreditem, haverão outras. Mais vale esperarem. A não ser que o vosso objectivo seja publicar só para dizerem que publicaram, nesse caso força, deixem-se enganar. Já agora, àqueles que querem ser escritores, porque pensam que é um modo fácil de alcançar fama e dinheiro: não sejam parvos! Por cada escritor que ascende ao estrelato, existem centenas que nem conseguem sobreviver daquilo que escrevem, independentemente da qualidade do seu trabalho. No que diz respeito à escrita propriamente dita, há três coisas que acho essenciais: conforto, educação e método. Começo pelo último: método. Na minha opinião, quem quer escrever profissionalmente tem de encarar a escrita como um trabalho e dedicar-lhe o mesmo tempo e esforço que lhe seria exigido em qualquer emprego. Como é óbvio, nem toda a gente funciona bem com esse género de pressão. Alguns autores são famosos pela inconstância da sua produção literária, ora escrevendo uma linha numa semana, ora cinquenta páginas num dia, contudo, a longo prazo, consistência e dedicação compensam. Não quer dizer que todas as horas que colocamos de lado para a escrita sejam passadas a escrever; gastar tempo a planear o enredo ou a pesquisar pode ser igualmente útil. O importante é que no tempo que se investe na escrita se esteja concentrado em exclusivo nela. Educação - nada é mais importante para um escritor do que ler. É através dos livros que somos educados, bebendo do conhecimento dos nossos predecessores, não plagiando, mas estudando as suas técnicas de escrita e histórias para encontrarmos e desenvolveremos as nossas. Embora não se deva desvalorizar a exposição a todo e qualquer formato que possa ser usado para narrar (filmes, séries, peças de teatro, etc), os livros são cruciais para a evolução de um escritor. Nem todos os leitores são escritores, mas quase todos os grandes escritores são ou foram leitores ambiciosos. Por fim, conforto. Escrevam aquilo que vos interessa e com o qual se sentem confortáveis. Façam-no no sítio onde estão mais à-vontade, pois se nos dias em que estão inspirados isso não fará qualquer diferença, nos outros em que a mais pequena coisa se torna motivo para procrastinar, será crucial. Descubram o método que faz a vossa escrita mais eficaz. Alguns escritores funcionam melhor com a técnica de “escrever primeiro e pensar depois” e outros preferem estruturar tudo antes, havendo dezenas de métodos intermédios. O crucial é encontrarem aquilo que é melhor para vocês.

Onde te podemos encontrar? 

A pergunta mais simples de todas. Podem encontrar-me na página de “Crónicas Obscuras” no Facebook (https://www.facebook.com/pages/Cr%C3%B3nicas-Obscuras/284622395814), no blogue “Crónicas Obscuras” (cronicasobscuras.blogspot.com) e no Goodreads (http://www.goodreads.com/book/show/8084233-a-vingan-a-do-lobo). Não se esqueçam de espreitar também os contos “Crónicas Obscuras – Vigília”, no nº 2 da revista Nanozine (http://pt.calameo.com/read/000559822eddfa1602ace) e “Crónicas Obscuras – O Farol, no blogue da colecção (http://cronicasobscuras.blogspot.com/2011/10/300-and-counting-cronicas-obscuras-o.html

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Opinião| Review: "A Vingança do Lobo"


Esta sexta-feira irei colocar online uma entrevista ao escritor Vítor Frazão. Até lá, aqui fica a sinopse do livro dele “Crónicas Obscuras: A vingança do Lobo” e a minha opinião sobre esta história.

This Friday I’ll post an interview to the writer Vítor Frazão. Until then, here’s the synopsis of his book “Crónicas Obscuras: A vingança do Lobo” (Obscure Chronicles: The Revenge of the Wolf”) and my review on this story.


Sinopse
No Parque Nacional de Olympic, sob um crepúsculo enublado, dois campistas são atacados. Dias depois, em pleno Parque Central de Nova York, três corpos aparecem mutilados, alimentando a imaginação dos media. O que eles não sabem é que ambos os crimes são mais do que aparentam. Dez anos após ter desertado do seu clã, Lance "Meia-Raça" Fenrison, um lobisomem híbrido, volta à cidade Nova York para se vingar do homem que lhe matou a mulher e a filha. No outro lado do espectro está Isabel Martínez, uma agente da polícia, que ao encontrar-se acidental com Lance é atirada de cabeça para uma realidade que nem sonhara existir, levando-a a duvidar da própria sanidade. O mero regresso de Lance à Grande Maçã acaba por ter mais repercussões do que este poderia imaginar e, sem dar por isso, o licantropo vê-se alvo não só dos Obliteradores, uma sociedade dedicada ao extermínio de todas as criaturas paranormais, como do seu próprio clã. Vale-lhe uma inesperada e invulgar aliada, Eleanora "Lâmina Sangrenta" Reeve, uma vampira atípica, que tem uma única e ambiciosa missão: unir todas as divergentes espécies de Ocultos, o nome colectivo dados aos seres sobrenaturais, contra os Obliteradores que insistem em caçá-los. Uma obra com sentimentos profundos, quem sabe apaixonante para quem lê. Palavras de Amor são um capítulo de uma ida... Obliteradores obcecados e inflexíveis; lobisomens belicosos e tribalistas; vampiros inteligentes e intriguistas; feiticeiros poderosos e vulgares humanos que vivem as suas vidas, ignorando que em plena Nova York do século XXI o sobrenatural continua tão forte como em qualquer supersticioso e atrasado canto do mundo medieval.

Synopsis
In the Olympic National Park, under a cloudy twilight, two campers are attacked. A few days later, in the middle of Central Park in New York, three mutilated bodies turn up, feeding the imagination of the media. What they don’t know is that both crimes are more than what they seem. Ten years after deserting from his clan, Lance "Half-Breed" Fenrison, a hybrid werewolf, comes back to New York City to avenge the man who killed his wife and daughter. On the other side of the spectrum is Isabel Martinez, a police officer that, when meets with Lance, is accidentally thrown to a reality she didn’t even dream of existing, leading her to doubt her own sanity. The mere return to the Big Apple Lance ends up having more impact than imagined, and without realizing it, the werewolf finds himself the target of not only the Obliteraters, a society dedicated to the extermination of all paranormal creatures, as his own clan. He earnes an unexpected and unusual ally, Eleanora "Bloody Blade" Reeve, an atypical vampire, who has a unique and ambitious mission: to unite all the different kinds of Occults, the collective name given to supernatural beings, against those who insist on hunting them. A work with deep feeling, perhaps exciting to readers. Words of Love are a chapter of a life... Obliteraters obsessed and inflexible; tribalist and bellicose werewolves; vampires and intelligent intriguers; powerful sorcerers and ordinary humans who live their lives unaware that, in the middle of the twenty first century New York, the supernatural remains as strong as in any superstitious and backward corner of the Medieval world.



Crítica
Leitura concluída a 1 de Novembro de 2011!
O que achei? Gostei da história no geral. Agradou-me particularmente o facto de cada capítulo se centrar numa personagem diferente: se num se debruça sobre Lance, no outro quem está a falar é o Clint e no seguinte narra-se a história de Isabel. Escapa à linearidade total, o que é bom.
Gostei particularmente do lobisomem Vik - pode não ser uma das personagens principais, mas atraiu-me o ânimo com que enfrentou todas as situações. A dona da livraria foi outra personagem agradável e bati o pé no chão quanto ao que lhe foi reservado.
O final da polícia Isabel Martinez apanhou-me de surpresa, porém deixou-me satisfeita - não queria que a história dela se ficasse por ali. Pergunto-me o que aconteceu ao irmão dela; após ter partido para Albany, nunca mais se ouviu falar dele... E o Clint? Estava a nascer algo entre eles - será que vai aceitar a "nova" Isabel e entrar na dita "zona cinzenta" que tanto se esforçou por negar? Há que esperar pelo segundo volume.
Passando para um campo subjectivo, gostava que se tivesse apelado um pouco mais às emoções; há muita acção, muitas lutas, alguns relacionamentos... mas não pecava por um maior apelo aos sentimentos.
Embora o próprio autor já me tenha explicado o que se passou, não posso deixar de apontar que o livro precisava de uma última revisão, dado que contém umas quantas gralhas e erros. Alguns até me divertiram, lol! Quem sabe se não haverá uma nova edição revista? Espero que autor e editora colaborem mais neste departamento no próximo livro.

Review
Reading completed November 1st, 2011! What did I think of it? I liked the story in general. I particularly liked the fact that each chapter focused on a different character: if it focuses on Lance now, in the other is Clint who's talking, and the next one tells Isabels' story. It escapes to the total linearity, which is good.
I especially liked the werewolf Vik - he may not be a main character, but I was attracted by the good mood with which he faced all situations. The owner of the bookstore was another likeable character and I slammed my foot to her destiny.
The finale of the police woman Isabel Martinez caught me by surprise, but it left me satisfied - I didn't want her story to end there. I wonder what happened to her brother; after leaving to Albany, we never heard from him again... And Clint? Something was happening between them - will he accept the "new" Isabel and enter the so-called "gray area" he had worked so hard to deny? We have to wait for the second volume.
Moving to a subjective field, I wish it had appealed to emotions a little more. There is plenty of action, many struggles, some relationships... it wouldn't sin by a greater appeal to feelings.
Although the author has already explained to me what happened, I must point out that the book needed a final review, since it contains a few typos and errors. Some even amused me, lol! Who knows if there will be a new revised edition? I hope the author and the publisher work together a little more in this department in the next book.

domingo, 6 de novembro de 2011

DeviantArt actualizada | updated

Olá!
Hoje passei pela praia para tirar umas fotos. Infelizmente não pude estar lá muito tempo e, ainda por cima, estava maré baixa, o que não me permitiu tirar as fotos com as características que pretendia. Mesmo assim, captei algumas imagens que podem ser visualizadas em http://rutecanhoto.deviantart.com/gallery/33474941. Voltarei à praia um dia destes - quem sabe se estará maré cheia?



Hello!
Today I went to the beach for some photos. Unfortunately I couldn't be there long and, moreover, it was low tide, which didn't allow me to take photos with the features I wanted. Still, I got some pictures that can be viewed in http://rutecanhoto.deviantart.com/gallery/33474941. I'll return to the beach one of theses days - who knows whether it will be high tide?

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Opinião| Review: "Special Delivery" - Lia Fairchild



SINOPSE
Flores grátis todos os meses durante um ano! Recentemente viúva, Amy ficou encantada ao descobrir o que tinha ganho. Flores sempre foram uma parte importante da sua vida. Mas o motorista Dave traz mais do que apenas bouquets. Poderá ele ajudar Amy a encontrar a felicidade novamente? Receberá Amy mais do que ela esperava?

CRÍTICA
Link: http://www.goodreads.com/review/show/208643022

“Special Delivery”, de Lia Fairchild, é adorável. Trata-se de uma pequena história que aborda questões como a continuação da vida após a perda de um ente querido. Ultrapassar essa dor por vezes é complicado, mas a personagem Amy Johnson irá conseguir fazê-lo através das flores. A verdade é que não são apenas as flores que a trazem de volta à vida e ao campo dos sentimentos, mas também Dave, o homem das entregas. Se fosse uma história um pouco mais longa, creio que teria resultado na perfeição e iria lê-la certamente, dado que me faz recordar os livros de Nicholas Sparks em versão curta. “In Search of Lucy” (igualmente da autora) pode apontar para isso, o que me leva a querer adicioná-lo à minha lista de leitura – este foi um bom ponto de partida.

ENTREVISTA A LIA FAIRCHILD

Escritora, autora, professora substituta em part-time e mãe de dois a tempo inteiro – eis Lia Fairchild. Nascida e criada no sul da Califórnia (EUA), Lia cumpriu o seu desejo de escrever depois dos 40 e criou “In Search of Lucy”. A série de pequenas histórias “A Hint of Murder” é o seu trabalho mais recente; em seguida tenciona trabalhar no seu segundo romance. Vamos conhecer esta autora.


Olá, Lia! Pode apresentar-se?
Sou escritora e autora, professora substituta em part-time e mãe de dois filhos a tempo inteiro. Nascida e criada na Califórnia, adoro o sol a brilhar e estar ao ar livre. Também gosto de ler, escrever e ver filmes com a minha família.

Quando começou a escrever e porquê?
Ao longo da minha vida escrevi diferentes coisas no âmbito do trabalho e por diversão, mas foi quando passei a barreira dos 40 que comecei a levar a escrita mais a sério. Percebi que tinha que fazer algo apenas por mim antes que olhasse para atrás e lamentasse não o ter feito. Então escrevi o meu primeiro romance, “In Search of Lucy” (“Em Busca de Lucy”). Foi um daqueles casos em que o autor diz que a história veio até ele. Sempre tive ideias para livros e filmes a cirandarem-me a cabeça. Certa vez até tentei fazer um guião para televisão. Mas quando esta história surgiu, soube que tinha que a escrever.

Quem são os seus escritores preferidos? O que a atrai nos livros deles?
Não tenho autores favoritos, embora se realmente gostar de um livro, possa ler outro do mesmo autor. O que gosto num livro é que mexa com as emoções; podem ser amor, medo ou tristeza. Atrai-me realmente um livro quando o autor consegue que te interesses de imediato pelas personagens e queres saber mais sobre elas.

Qual foi o primeiro livro que escreveu e sobre o que é?
“In Search of Lucy” (“Em Busca de Lucy”) é um drama romântico. É a história de uma jovem mulher que passou toda a vida a dar para apenas ser traída por aqueles que ama. Terá então que decidir se fará o derradeiro sacrifício por uma dessas pessoas. A Lucy mostra realmente ao leitor o poder das relações e como isso afecta a nossa identidade. Muitas das críticas que recebi são de pessoas que dizem que se relacionam de alguma forma com as personagens da história.

Prefere escrever histórias curtas ou longas?
Boa pergunta. Gosto de escrever ambas e já o fiz, mas não decidi ainda se gosto mais de uma ou de outra. As duas têm prós e contras. Gosto de histórias curtas, porque são divertidas de escrever. São também um pouco mais fáceis, porque normalmente sabes onde tudo irá dar desde o início. As narrativas longas são um desafio maior, mas podem ser mais recompensadoras no fim.

Quantos livros já escreveu até ao momento? E quais são os seus títulos?
Tenho três histórias pequenas e uma narrativa. “In Search of Lucy” (“Em Busca de Lucy”) é minha história mais longa. “A Hint of Murder” (“Uma Dica de Assassinío”) é uma nova mini série que comecei e que até ao momento é composta por duas pequenas histórias – “A Hint of Murder: The Writer” (“Uma Dica de Assassínio: O Escritor”), que está agora disponível gratuitamente no Amazon, e “A Hint of Murder: The Bouncer” (“Uma Dica de Assassínio: O Fanfarrão”). Para ser notificado quando sair algo de novo sobre esta série, basta aderir à newsletter aqui http://www.ahintofmurder.blogspot.com/. "Special Delivery" ("Entrega Escpecial") é um pequeno romance muito doce sobre amor, perda, amizade e flores.

Tem editora ou optou por publicar os seus livros por si mesma?
Uma questão que vem mesmo a tempo. Comecei por publicar eu mesma o “In Search of Lucy”, mas recentemente ganhei a atenção da AmazonEncore e assinei contrato com eles há duas semanas. O anúncio oficial pode ser lido em Let’s Get Digital. As minhas histórias curtas continuarão a ser publicadas por mim. Quanto a futuros romances, veremos o que acontece quando chegar a hora. J

Qual é o seu próximo projecto?
Assim que terminar o terceiro volume da série “A Hint of Murder”, vou voltar a trabalhar na minha segunda narrativa. É um thriller sobre uma mulher Vigilante.

Continue a seguir o trabalho da Lia aqui:
Twitter @liafairchild
Blog for A Hint of Murder series
http://www.ahintofmurder.blogspot.com/



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Atlântico Books


A minha crítica ao livro da Adoa Coelho "Ups! Engoli uma Estrela" está disponível no site da Atlântico Books, onde o livro está à venda. Para aceder à mesma, basta clicar na imagem acima apresentada.

My review to Adoa Coelho's book "Ups! Engoli uma Estrela" is available on the website of Atlântico Books. You can find the book there for sale. To access my review, just click the image above.