terça-feira, 30 de julho de 2013

Opinião da Clarinda

A Clarinda leu o meu "Perdidos", facto que agradeço desde já, e publicou a sua opinião aqui: http://lerviverler.blogspot.pt/2013/07/perdidos-opiniao.html 
Cá está a transcrição do que escreveu:

A minha Opinião


“Perdidos” é um livro que me chamou a atenção desde o seu lançamento, por ser um livro de uma autora portuguesa e porque a narrativa se passa no Alentejo. É um livro do género Fantasia/Young-adult. Gosto muito deste tipo de livros, não sei se devido a algum “défice literário no meu crescimento como leitora”, se por ser mãe de duas adolescentes que me enchem a casa com este tipo de literatura.

A narrativa cresce à volta de uma adolescente, a Marina, que inesperadamente é confrontada com uma realidade completamente fora do seu espaço de conforto e dos seus planos de vida. Acontecimentos estranhos começam a dificultar-lhe, literalmente, a vida. No entanto, há sempre algo de sobrenatural que a ajuda, que a salva, que a protege, ou não...

As personagens jovens estão bem construídas, são o retrato praticamente fiel da nossa juventude. Os sonhos, as lutas, o desinteresse de alguns e a ideia de superioridade de outros, a impulsividade, o querer viver tudo de uma vez, o ignorar o outro por vezes sem más intenções, está muito bem retratado nesta narrativa. O crescimento de Marina e das restantes personagens é positivo, credível e coerente. A descoberta do primeiro amor, as escolhas, o ter que enfrentar realidades que não são tão típicas e lógicas, leva esta Marina e esta narrativa a prender o leitor de forma bastante eficaz. O espaço físico de Alcácer do Sal, tão bem descrito e atrativo, contribui como “mais-valia” para o complemento da narrativa.
Gostei do Joshua e quero ver mais segurança, amor-próprio, magia e diferença nele também. Adorei o Lucas e o seu misticismo, espero ficar ainda mais cativada no segundo livro. Achei a Ana, a melhor amiga de Marina, uma personagem essencial na narrativa. Ela é engraçada, divertida, uma menina sem stresses que dá um ar mais leve a toda a trama. No que concerne à família de Ana, considero-a um pouco “esquisita”. Como progenitora acho que seria muito mais mãe, principalmente em relação à filha que está  longe. Em termos de relações familiares, achei tudo um pouco “frio”.

A escrita é clara, acessível, certinha, sem grandes erros nem grandes voos. O equilíbrio entre a narrativa e o diálogo, entre o sério e o engraçado, está adequado a todo o tipo de leitor e cativa pela sua fluência. No meio de tanta fantasia a autora conseguiu ainda inovar com a sua abordagem aos temas demónios/inferno e penso que tocou pontos que pode claramente aproveitar para explorar o fantástico, como por exemplo a ascendência de Marina.
Há apenas um ponto menos positivo que não quero deixar de referir. Gostava de ter lido mais sobre a vertente fantástica da trama, a autora deixou-me durante muito tempo a “imaginar”. Sei que é uma das formas de nos prender à leitura, mas “boas cenas” também o são. Na continuação quero ver muito mais ação e aventura. Pode ser?!

Mais uma autora portuguesa que considero promissora dentro do género. Uma autora que irei seguir e, estou convencida de que terá lugar-cativo na minha estante.


Obrigada Rute, pela possibilidade que me deu de ler a sua obra em suporte digital!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Opinião| Review: “O Vampiro Secreto”, L.J. Smith


Título: O Vampiro Secreto
Autora: L.J. Smith
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 256
Editor: Planeta
ISBN: 9789896570590


SINOPSE
O Mundo da Noite não é um lugar. Existe à nossa volta. Os seres do Mundo da Noite são belos, implacáveis e irresistíveis para os humanos. O seu melhor amigo pode ser um deles, assim como o seu apaixonado. As leis do Mundo da Noite são muito claras: os humanos nunca devem saber da existência do Mundo da Noite; e os que pertencem ao Mundo da Noite nunca devem apaixonar-se por um humano. Violar as leis tem consequências aterradoras.
Estas histórias mostram o que acontece quando essas leis são violadas. Quando Poppy é diagnosticada com um cancro no pâncreas em estado terminal fica devastada. James o seu melhor amigo (e amor secreto) inconformado com a perda iminente da amiga revela que pode oferecer-lhe a vida eterna… como vampira! Poppy é forçada a escolher entre morrer ou tornar-se um vampiro. Mas que implicações terá a opção de James ao violar as leis do Mundo da Noite

OPINIÃO
Li este livro de uma assentada a 25 de junho; dou-lhe três estrelas.
Trata-se de uma história bastante juvenil, o que não esperava tendo em conta outros livros que li da autora. Achei uma narrativa inocente, sem grandes confusões e não me despertou grandes sensações ou emoções; senti-me até um pouco desprendida da mesma. Acho que os eventos podiam ter sido melhor explorados; quero dizer, as coisas não foram feitas a correr, a morte da Poppy demorou o seu tempo, mas tudo o resto foi demasiado rápido, já para não mencionar o aparecimento de Ash e o modo esquisito como ele veio interferir na história, além de que não sabemos nada dele – teria sido boa uma introdução à sua personagem, mas talvez isso aconteça nos próximos volumes da série. Por mim, fico-me por aqui e não me vou aventurar nos próximos.




BLURB
The diagnosis for Poppy was death. there was no hope--until James, her best friend and secret love, appeared in the hospital. But this was a James she didn't know. He offered Poppy eternal life. Only he could open the door to the Night World. They're soulmates--but can she follow him into death and beyond?

REVIEW
I read this book all at once on June 25th and I rate it three stars.
It is a story thought for young people, which I didn’t expect keeping in mind the other books I read from this author. I found it an innocent narrative, without big confusion and it didn’t awaken in me great sensations or emotions, I felt even a little detached from it. I think the events could have been better exploited; I mean, things didn’t run, the death of Poppy took its time, but everything else was too fast, not to mention the oddly appearance of Ash and how he came to interfere in the story; besides, we know nothing of him it would have been good to have an introduction to his character, but maybe it will happen in the next volume of the series. As for me, I’ll stick to this one and not venture into the next one.


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domingo, 28 de julho de 2013

Citação| Excerto "Perdidos"



Página 116
Se achava que as coisas não podiam tornar-se mais ingratas, enganou-se: a sala de Desenho ficava ao lado da da oficina de Design. Joshua e Lucas estavam encostados à porta da respetiva sala e trocavam olhares faiscantes, que faziam o ar vibrar. Marina contemplou o cenário: ali estavam dois caminhos distintos que podia seguir. No entanto, ao optar por um sabia que teria de renegar o outro por serem inconciliáveis. Mas porque tinha de escolher? Queria aproximar-se de Lucas e que este lhe contasse o que se passava, e queria também ser amiga de Joshua. Era assim tão difícil conseguir isso? Era bom que pudessem ser todos amigos. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Citação| Excerto "Perdidos"



Página 108

Sentou-se à porta da escola. Estava cansada. O dia tinha sido esgotante em termos psicológicos, com demasiados dramas para lidar em simultâneo. Esgotada, colocou a cabeça entre os joelhos e fechou olhos, fingindo estar noutro lugar bem mais divertido. Perdida na sua imaginação, só se deu conta de que o colega passara por ali por causa do grupo de raparigas que vinha atrás dele, aos gritinhos. Ele parou junto à outra porta, a dois metros de distância, e vestiu a camisola que tinha tirado por causa do calor. Estava em excelente forma; parecia um deus grego com a sua beleza etérea. Aquelas raparigas tinham razão em segui-lo. Mas o que estava a pensar? Estavam chateados, não podia elogiá-lo nem sequer em pensamento.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Curiosidades Perdidos: Professor de Filosofia | Lost Ones Curiosities: Philosophy Teacher



Esta foi uma brincadeira que resolvi fazer. Quando passei para o 12º ano e me disseram que iria ser o meu professor de Filosofia, pensei “estou tãããoooo lixada!”, tal era a fama de implacável que ele tinha. Contudo, as coisas saíram completamente ao contrário e esse acabou por ser um dos meus professores preferidos. Neste livro, decidi criar um alter-ego à altura da fama que lhe era dada. Já lhe perguntei e ele não se importa que tenha feito esta brincadeira – ufa, ainda bem! Quanto ao nome, o professor real chama-se José, mas chamávamos-lhe Zezinho, pelo que a personagem no livro se chama Manuel, mas é tratado por Manelito.

This was a joke that I decided to do. When I went to the 12th grade and I was told who would be my philosophy professor, I thought "I’m soooo screwed!" such was his reputation of being ruthless. However, things went completely different and he turned out to be one of my favorite teachers. In this book, I decided to create an alter-ego up to the fame given to him. I already asked him and he’s not mad about this joke - phew, thank goodness! As for the name, the professor real name is José, but we called him Zezinho, so the character in the book is called Manuel, but is treated by Manelito.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Feito!



Primeira verificação/ revisão/ correção do segundo volume da trilogia Perdidos feita! Yay! Agora, é passar a bola a um beta-reader =)

Opinião| Review: “Entwined with you”, Sylvia Day


Título: Entwined with you
Autora: Sylvia Day
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 368
Editor: Penguin
ISBN: 9780425263921


SINOPSE
Desde que vi o Gideon pela primeira vez, percebi que ele tinha algo de que eu precisava, algo a que eu não conseguia resistir. Percebi-lhe também uma alma perigosa e atormentada – tal como a minha. Envolvi-me. Eu precisava dele tanto como precisava que o meu coração batesse.
Ninguém sabe o quanto ele arriscou por mim e o quanto eu fui ameaçada; ninguém imagina quão negra e desesperada se tornou a sombra dos nossos passados. Entrelaçados nos nossos segredos, tentamos desafiar o destino. Definimos as nossas próprias regras e rendemo-nos completamente ao intenso poder da obsessão

OPINIÃO
Acabei de ler este livro a 24 de junho e dou-lhe três estrelas, porque fiquei um pouco desapontada. Sei lá, esperava que a história se desenvolvesse mais, mas apenas ficou ainda mais embrulhada e não andou para a frente. Quero dizer, o romance da Eva e do Gideon deu um passo em frente, mas fora isso e as cenas de sexo, nada mais de jeito aconteceu: continuam a ir buscar a morte de Nathan sem nada adiantar, o Bret volta mais uma vez a chatear e, no fim, vão buscar uma ex-namorada qualquer de Gideon que deve ter aparecido no primeiro livro. Esperava mais, além de ter ficado arreliada por, novamente, ter sido enganada: mais uma trilogia que se transforma em quadrologia. É irritante estar à espera do desfecho de uma história e prolongarem-na quando não têm conteúdo sequer para isso. Enfim, uma vez que quero saber como isto acaba, irei ler o próximo quando sair…

BLURB
From the moment I first met Gideon Cross, I recognized something in him that I needed. Something I couldn’t resist. I saw the dangerous and damaged soul inside–so much like my own. I was drawn to it. I needed him as surely as I needed my heart to beat.
No one knows how much he risked for me. How much I’d been threatened, or just how dark and desperate the shadow of our pasts would become.
Entwined by our secrets, we tried to defy the odds. We made our own rules and surrendered completely to the exquisite power of possession…

REVIEW
I read this book on June 24th and I rate it three stars since I was a little disappointed. I don’t know, I guess I expected the story to develop a little more, but it only became more tangled and didn’t step forward. I mean, the romance of Eve and Gideon did, but apart from that and the sex scenes, nothing else of notice happened: it’s still about Nathan's death, which doesn’t advance; Bret is back once more to piss up and, in the end, an ex-girlfriend of Gideon, who must have appeared in the first book, shows up. I expected more and I also got irritated because, once again, I have been deceived: here’s another trilogy that turns into a quadrology. It's annoying to wait for the outcome of a story and then they decide to extend it, even if they haven’t got enough content for this. Anyway, since I want to know how this ends, I'll read the next book when it comes out...

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domingo, 21 de julho de 2013

Citação| Excerto "Perdidos"



Pp. 101 e 102

Talvez a desanda que lhe tinha dado tivesse surtido algum efeito. O rapaz tinha auscultadores nos ouvidos e segurava um MP3. Embora duvidasse que ele conseguisse escutar alguma coisa para além de música, apercebeu-se logo da sua presença. Virou a cara disfarçadamente na sua direção e os seus lábios delinearam um sorriso daqueles bem picantes, tão característicos de si. Mas aquele tipo não sabia sorrir sem parecer estar a insinuar algo? Isso deixava-a pouco à vontade e atrapalhada. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Rascunho pronto!



É oficial: às 23h10 de 19 julho de 2013 acabei a primeira versão do segundo volume da série "Perdidos". Estou contente! Agora vem a parte mais chata: as correções e revisões vezes e vezes sem conta. Trabalho árduo para estas férias, mas que vai valer a pena!

Citação| Excerto "Perdidos"


Página 94
Queria colocar-lhe um milhão de perguntas, mas o seu alheamento desmotivante tentava-a a regressar para junto dos amigos. Era patético. Tinha chegado ali tão determinada e, de um segundo para o outro, tinha mudado de ideias. O problema era que a pergunta fulcral não parava de latejar-lhe na cabeça: quereria mesmo ouvir as explicações que ele lhe desse?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Curiosidades Perdidos | Lost Ones Curiosities: ESAS




Escolhi a Escola Secundária de Alcácer do Sal como o principal palco da vida das personagens, porque, independentemente das coisas menos boas que sucederam, foi aí que vivi a melhor época de sempre, calma e tranquila e sem a dose de “realidade” que recebo hoje. Além disso, queria um cenário em que me movesse à vontade, daí ter usado a ESAS na versão das instalações antigas. Recentemente, a Parque Escolar renovou a escola. Tive a oportunidade de visitá-la aquando da apresentação de “Perdidos” lá; achei-a bonita, mas impessoal e desprovida da alma que tinha. Mesmo assim, os alunos que lá andam são uns sortudos por terem melhores condições do que nós tivemos.


I chose the High school of Alcácer do Sal as the main stage of life of the characters, because, regardless of the less good things that happened, it was there that I experienced the best season ever, calm and quiet, without the major dose of "reality" that I get today. Besides, I wanted a scenario where I could move at easy, hence I’ used ESAS’s old plants version. Recently, Parque Escolar renewed the school. I had the opportunity to visit the facilities during the presentation of "Lost Ones" early may; I thought it was cute, but impersonal and devoid of the soul it had. Even so, students who go there are lucky ones since they have better conditions than we had.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Opinião| Review: “O Dardo de Kushiel”, Jacqueline Carey


Título: O Dardo de Kushiel
Autora: Jacqueline Carey
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 392
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896371852


SINOPSE
TERRE D´ANGE é um lugar de beleza sem igual. Diz-se que os anjos deram com a terra e a acharam boa... e que a raça resultante do amor entre anjos e humanos se rege por uma simples regra: ama à tua vontade. Phèdre é uma jovem nascida com uma marca escarlate no olho esquerdo. Vendida para a servidão em criança, é comprada por Delaunay, um fidalgo com uma missão muito especial... Foi, também ele, o primeiro a reconhece-la como a eleita de Kushiel, para toda a vida experimentar a dor e o prazer como uma coisa só. Phèdre é adestrada nas artes palacianas e de alcova, mas, acima de tudo, na habilidade de observar, recordar e analisar. Espia talentosa e cortesã irresistível, Phèdre tropeça numa trama que ameaça os próprios alicerces da sua pátria. A traição põe-na no caminho; o amor e a honra instigam-na a ir mais longe. Mas a crueldade do destino vai levá-la ao limite do desespero... e para além dele. Amiga odiosa, inimiga amorosa, assassina bem-amada; todas elas podem usar a mesma máscara reluzente neste mundo, e Phèdre apenas terá uma oportunidade de salvar tudo o que lhe é mais querido.

OPINIÃO
Acabei de ler este livro a 21 de junho de 2013 e dou-lhe três estrelas.
Esta é uma história que se passa numa sociedade que me pareceu estranha, onde há várias casas e servos ao seu serviço, que, no fundo, se assemelham a escravos até completarem uma marca nas suas costas que vão tatuando à medida que o seu patrono lhes dá dinheiro. De início, o conceito das casas foi difícil de perceber, mas lá acabei por encarrilar com aquilo.
Phèdre é entregue pela sua mãe a uma dessas casas, até que Delaunay a descobre e a adquire, pois ela é uma anguissette, uma herdeira com o Dardo de Kushiel pintado a vermelho no seu olho.
Não gostei do papel da Phèdre e as coisas sadomasoquistas que foram mencionadas só me fizeram gostar menos dela. A única personagem de que gostei foi Josceline, já no final.
Sinceramente, só gostei das últimas 50/ 60 páginas do livro. Tudo o resto me aborreceu e ainda me questionei se devia continuar. É só tramas, enredos políticos, nomes e mais nomes, linhagens e mais linhagens… irra, que perdi o fio à meada e resumi tudo ao facto de que alguém queria usurpar o trono e fiquei-me por isso.
Quanto a continuar a ler esta série, não vou fazê-lo, pois suspeito que será mais uma soma de conspirações e não é um assunto que me interesse.



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domingo, 14 de julho de 2013

Citação| Excerto "Perdidos"

Página 93
No entanto, quando confrontada com as íris gélidas do rapaz, desistiu. Que diabo! Porque a fazia sentir-se assim? Pensou em remeter-se à insignificância que representava para ele. Algo, porém, gritou dentro de si que tinha de tentar de novo.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Citação| Excerto "Perdidos"



Página 85
- Confias em mim?
Se fosse outro tipo de rapariga, teria achado aquilo tão fofo e romântico que ter-se-ia agarrado logo ao pescoço dele aos saltos e a gritar “sim”; conteve-se, porém. Confiar era uma palavra demasiado forte, conheciam-se apenas há dias. Mesmo assim, o seu espírito dizia-lhe que podia confiar nele e o tempo encarregar-se-ia de confirmar-lhe isso mesmo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Curiosidades Perdidos | Lost Ones Curiosities: Ana



Se a Marina é uma maluca pela escola e só pensa nisso, a Ana é o oposto: extrovertida, gosta de sair e de se divertir; os estudos vêm depois. Esta personagem é baseada na minha irmã que, coincidentemente, também se chama Ana. Como dizem que somos tão diferentes quanto o dia e a noite, decidi aproveitar isso mesmo, de modo a que as personagens se completassem. Quanto ao facto de Ana tratar Marina por “bebé”, também me foi dito por mais que uma vez que isso não é credível e que os jovens de hoje não falam assim. Bem, não foi algo que inventei: a minha irmã e as amigas tratam-se assim, não foi nada que fui buscar à minha imaginação. Achei que devia esclarecer isto, pois é uma crítica demasiado frequente…

If Marina is crazy about school and only thinks about it, Ana is the opposite: extroverted, she likes to go out and to have fun; studies come later. This character is based on my sister who, coincidentally, is also named Ana. As people say that we’re as different as night from day, I decided to use this, so that the characters would complete each other. As to Ana calling Marina "baby", I was told more than once that it is not credible and that young people nowadays do not speak like that. Well, it was not something I made up: my sister and her friends treat themselves that way, calling each other “baby; it was nothing that I pick up from my imagination. I thought I should clarify this as it is a critique that shows up too often...

terça-feira, 9 de julho de 2013

Entrevista Liliana Lavado, autora de "Inverno de Sombra"



OLÁ! PODES COMEÇAR POR FALAR UM POUCO DE TI A QUEM NÃO TE CONHECE?
O meu nome é Liliana Lavado, sou escritora e bloguer do ‘Neuroses da Escrita 2.0’
Assino os meus livros como L.C. Lavado (o C. é de Carina) porque na adolescência alguns dos meus amigos me tratavam por LC e o apelido ficou até ser substituído por ‘Lili’ na faculdade. Acho que todos somos perseguidos por estas pequenas alcunhas durante a nossa vida, eu decidi tirar o melhor proveito de uma delas.
Há cerca de 2 anos ganhei coragem e peguei nos manuscritos que tinha na gaveta para me aventurar na auto-publicação. A experiência foi muito gratificante. Conheci outros autores, leitores e em Abril deste ano foi publicado em Portugal o meu primeiro livro ‘Inverno de Sombras’

QUANDO E O QUE TE LEVOU A COMEÇAR A ESCREVER?
O início da escrita não foi o que se pode esperar de uma escritora.
Na minha família ninguém tem qualquer ligação ao mundo da escrita, nunca fui alvo de expectativas para o vir a fazer.
Li o meu primeiro livro aos 15 anos e ‘por acaso’, mas apesar de ser tarde, parece que foi no momento certo.
Tal como vem referido na capa do meu livro, um dia quando estava numa livraria à procura de um livro e não encontrei nenhum que fosse aquilo que ‘gostava de ler naquele momento’, questionei-me: se não havia um escritor que fosse capaz de escrever a história que eu queria ler, porque é que eu não o deveria fazer?


QUAL A PRIMEIRA HISTÓRIA QUE ESCREVESTE E SOBRE O QUE É?
A primeira coisa que escrevi resultou no meu 1°livro, um romance de época passado no Alentejo que foi descrito por uma bloguer como: ‘Os Maias’ encontram ‘O Monte dos Vendavais’.
Trata-se da história de uma família e da suposta maldição que os mantém refém à terra onde vivem.
É o único livro que escrevi que não é de Fantasia e até hoje tento ganhar coragem para voltar a ele e lhe dedicar o tempo que merece, numa revisão que o vai tornar um livro inesquecível.

FALANDO DO "INVERNO DE SOMBRAS" EM PARTICULAR, ESTE LIVRO TORNOU-TE NUM GRANDE EXEMPLO PARA TODOS OS AUTORES QUE GOSTARIAM DE VER O SEU LIVRO PUBLICADO POR UMA GRANDE EDITORA UM DIA. PODES FALAR-NOS SOBRE O QUE É A HISTÓRIA E COMO SURGIU A IDEIA PARA O TEMA?
‘Inverno de Sombras’ é um livro de Fantasia Urbana cuja trama se baseia numa ficcionalização das origens do Mosteiro dos Jerónimos e uma misteriosa Caixa que é guardada por uma família em Lisboa.
A ideia surgiu da minha paixão por Lisboa e da vontade de partilhar esse encanto com os outros.

DEPOIS DE ESCRITA A HISTÓRIA, QUAL FOI O PASSO SEGUINTE?
Depois da escrita veio a criação da capa; em seguida a revisão; depois as leituras com os leitores-beta e por fim a maratona de formatação de ficheiros e submissões à Amazon, primeiro a loja Kindle e mais tarde a CreateSpace para a edição em papel.

O QUE TE LEVOU A OPTAR PELA AUTOPUBLICAÇÃO NO INÍCIO?
O mundo editorial português é minúsculo e para uma escritora como eu, sem qualquer ligação com o mundo literário ou os media, era impossível obter um contrato de publicação.
Tinha de ser realista comigo mesma: eu não era ninguém, e por que razão é que alguém me iria escolher a mim entre tantos outros?
Se era do conhecimento geral que as editoras não liam os manuscritos e se limitavam a enviar emails pré-feitos de rejeição (quando se davam sequer a esse incómodo), só me restava tentar falar ‘a mesma língua’ deles e enviar alguns números que lhes mostrassem que os meus livros poderiam ser um bom negócio. A auto-publicação permite aos autores independentes conseguirem números de vendas e com essas vendas reviews de leitores, ao mesmo tempo que lhes permite continuarem detentores dos direitos autorias.

COMO SURGIU O CONTACTO COM A MARCADOR DEPOIS?
A Marcador mostrou ser a editora mais dinâmica e contemporânea do Mercado editorial português.
Eles viram o que eu propunha, analisaram a informação que lhes submeti e de uma forma muito fácil e informal (o contrato foi discutido numa conversa pelo skype) acordamos que uma parceria seria de interesse mútuo.

QUE CONSELHOS DARIAS A QUEM GOSTARIA DE SER ESCRITOR?
Algo muito simples: continuar a escrever SEMPRE e não ficar à espera da permissão de ninguém para viver o sonho.
A internet disponibiliza todas as ferramentas. Não me refiro apenas à Amazon e a uma plataforma de vendas, refiro-me a artigos técnicos de ‘como melhorar a escrita’, a contacto com outros escritores, com leitores-beta… com pessoas que partilham do mesmo gosto pela leitura e pela escrita.




segunda-feira, 8 de julho de 2013

Opinião| Review: “Herança”, Christopher Paolini


Título: Herança
Autora: Christopher Paolini
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 851
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789895579129




SINOPSE
Há pouco tempo atrás, Eragon - Aniquilador de Espectros, Cavaleiro de Dragão - não era mais que um pobre rapaz fazendeiro, e o seu dragão, Safira, era apenas uma pedra azul na floresta. Agora o destino de toda uma sociedade pesa sobre os seus ombros.
Longos meses de treinos e batalhas trouxeram esperança e vitórias, bem como perdas de partir o coração. Ainda assim, a derradeira batalha aguarda-os, onde terão de confrontar Galbatorix. E, quando o fizerem, têm de ser suficientemente fortes para o derrotar. São os únicos que o podem conseguir. Não existem segundas tentativas.
O Cavaleiro e o seu Dragão chegaram até onde ninguém acreditava ser possível. Mas serão capazes de vencer o rei tirano e restaurar a justiça em Alagaësia? Se sim, a que custo?
Este é o final da Saga da Herança, muito aguardado em todo o mundo por uma legião de fãs ansiosos.

OPINIÃO
Acabei de ler este livro a 16 de junho de 2013 e dou-lhe quatro estrelas.
Lembram-se de ter dito que não iria saber como acabava este livro porque a Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal não tinha o 4º volume? Ora eles pediram-no emprestado à de Grândola, pelo que lhes estou grata.
O que tenho a dizer sobre este livro? Que é mais do mesmo. A narrativa foi escrita da mesma forma, mantendo o autor fiel ao seu estilo, mas esperava que alguma mudasse ou que houvesse uma reviravolta. No fim de contas, foi mais uma sucessão de batalhas, mas, desta vez, não me coibi de passar alguns desses capítulos à frente sem hesitação, pois já sabia que não ia estar a perder nada de interesse. Continuo a afirmar que esta história, tal como os outros quatro livros, podiam ter ser contados em metade das páginas se se cortassem as coisas desnecessárias e que em nada contribuem para o desenvolvimento da narrativa. Neste âmbito, tenho de agradecer a Paolini, pois fez-me compreender um pouco a minha própria escrita. Também eu gosto de escrita contínua, sem grandes saltos temporais, mas isso acaba por ter detalhes a mais e que não servem para nada. Assim, tentarei dar o meu melhor para não fazer o mesmo.
Por último, não gostei do final. Galbatorix, que foi o vilão ao longo de todos os volumes, foi derrotado demasiado facilmente – a cena podia ter sido mais dramática e arrastar-se um bocadinho mais. Não vou ser spoiler e contar tudo, mas também acho que Eragon merecia melhor e, já que Paolini contou as coisas até tão depois da coroação da rainha, então podia ter falado da construção do palácio para cavaleiros e dragões e terminar tudo quando uma nova linhagem de cavaleiros estava formada e Eragon e Arya podiam unir os seus destinos. Muito despido de emoção nesse sentido e com um final em aberto que podia transformar a quadrologia em algo maior.




BLURB
It began with Eragon...
It ends with Inheritance.
Not so very long ago, Eragon - Shadeslayer, Dragon Rider - was nothing more than a poor farm boy, and his dragon, Saphira, only a blue stone in the forest. Now the fate of an entire civilization rests on their shoulders.
Long months of training and battle have brought victories and hope, but they have also brought heartbreaking loss. And still, the real battle lies ahead: they must confront Galbatorix. When they do, they will have to be strong enough to defeat him. And if they cannot, no one can. There will be no second chance.
The Rider and his dragon have come farther than anyone dared to imagine. But can they topple the evil king and restore justice to Alagaesia? And if so, at what cost?
This is the spellbinding conclusion to Christopher Paolini's worldwide bestselling Inheritance cycle.


REVIEW
I finished reading this book on June 16th, 2013 and I rate it four stars.
Remember that I said that I wouldn’t know how this story ended, because the Library of Alcácer do Sal didn’t have the 4th volume? Now, they borrowed it from Grandola’s Library, so I am grateful to them.
What to say about this book? It is more of the same. The narrative was written the same way, keeping the author true to his style, but I expected some changes or that there was a twist. In the end, it was more a succession of battles. This time, I didn’t restrain from jumping a few chapters ahead without hesitation, because I knew that I wouldn’t be missing anything of interest. I still say that this story, like the other four books, could be told on half the pages if you cut off the unnecessary stuff that contribute nothing to the development of the narrative. In this context, I have to thank Paolini, because he made me understand a little more my own writing. I also like to write continuously without major time jumps, but it turns out to have too many details, good for nothing. So, I’ll try my best to not do the same.
Finally, I didn’t like the end. Galbatorix, who was the villain throughout all volumes, was defeated too easily - the scene could have been more dramatic and dragged a little more. I will not be spoiler and tell you everything, but I also think that Eragon deserved more, and since Paolini told so many things after the coronation of the queen, then he could have spoken of the construction of the knights and dragons palace, and end all when a new strain Knights was formed and Eragon and Arya could unite their destinies. Very stripped of emotion in this level and with an open ending that could turn the quadrology into something bigger.


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domingo, 7 de julho de 2013

Livros&Blogues| Books&Blogs


Nome do blogue: As Leituras da Fernanda
Administradora: Fernanda Carvalho


Entrevista com a Fernanda

Olá! Há quanto tempo existe o seu blogue e que motivos estiveram na origem da sua criação?
O blog As Leituras da Fernanda existe com o formato atual desde 2007, embora existam alguns posts mais antigos (desde 2005) que foram herdados de um outro blog generalista, que eu tinha e que entretanto deixou de existir. As Leituras da Fernanda surgiu da vontade de reunir num só sítio os registos das minhas leituras. O hábito de escrever opiniões sobre os livros começou no Bookcrossing, de que falarei mais abaixo, onde cada livro registado tem um histórico de opiniões. Entretanto, quando surgiram uns problemas com esse site, decidi criar um blog específico para guardar essas opiniões que me eram valiosas. E foi sem dúvida o começo de uma viagem maravilhosa!

Que rubricas destacaria e porquê?
As minhas rubricas resumem-se basicamente a 5 tipos. Divulgações, onde anuncio as novidades que em breve irei ler; Opiniões, onde publico o que achei de um livro; Entrevistas a autores; Imagens, Curiosidades e Notícias relacionados com o tema LER e Passatempos. Todos estes tipos de rubricas são importantes para mim, mas pelas estatísticas que tenho do Blogger, parece-me que os meus seguidores colocam em primeiro lugar os Passatempos e em segundo, as Opiniões. Porque será? ;)

Reparei que uma das áreas do blogue é o bookcrossing. Pode falar-nos um pouco sobre como funciona?
Bem, eu já não me considero uma bookcrosser propriamente dita, pelo menos ativa. No entanto, a paixão continua, sem dúvida! Foi o local onde me descobri e cresci enquanto leitora. Os livros sempre foram caros e comprar mais do que um livro por mês era impensável. Também por essa mesma razão, não se arriscavam novos autores. Quem tinha a sorte de ter uma perto de si, ia à biblioteca, quem não tinha, ficava-se pelos empréstimos de amigos. Com o Bookcrossing deixei de ler apenas duas dezenas de livros por ano e lancei-me sem medo à descoberta de novos autores. Para além disso, fascinei-me com a partilha e a troca de opiniões entre um grupo de pessoas com uma paixão comum: os livros. Foram tempos muito bons e de leituras maravilhosas. É um espaço que recomendo a todos os apaixonados por livros e leituras. 

Que feedback tem recebido dos seguidores do seu blogue?
Para mim é sempre fabuloso quando recebo um mail de alguém que me lê. Fico muito lisonjeada com os diversos pedidos de sugestão para prendas, ou questões sobre este ou aquele livro ou autor. Toda a gente realça o facto de ser um espaço muito bem organizado e isso deixa-me sempre muito orgulhosa. Só tenho pena de não conseguir fazer mais... mas o tempo não dá para tudo. 

Quais as maiores dificuldades que encontra enquanto blogger?
A falta de tempo para me envolver mais com outros blogues literários. :) É um mundinho absolutamente fantástico. 

Imagine o seu blogue daqui a 2, 3 anos. Como o vê, o que mudaria?
Gostava de poder dedicar mais tempo às entrevistas, entrevistando não só autores como outras pessoas ligadas à literatura. De resto, gosto dele como está! :) Bem, talvez com mais uns quantos seguidores.


sábado, 6 de julho de 2013

Opinião da Analde

A Analde Cardoso leu uma das primeiras versões do meu "Perdidos", pelo que tenho a agradecer-lhe a disponibilidade. Publicou agora a sua opinião no Goodreads sobre essa versão mais antiga e aqui está ela:


«"Perdidos”, um livro de Rute Canhoto, marca o início de uma trilogia. A ideologia da obra é baseada nas obras “Hush Hush” e “Twilight”, ou seja, a rapariga comum que, no início do seu ano lectivo, conhece um rapaz que fará com que a sua vida dê uma volta de 180º. Ao perceber-me disto, simplesmente pela sinopse, fiquei com o pé atrás para ler toda a narração, pois não sou fã de romances e detestei os dois best-sellers antes por mim referidos. No entanto, há que experimentar para poder dizer que não se gosta e lá me atirei de cabeça.
Embora seja uma obra portuguesa e seja óptimo ver escritores portugueses a destacarem-se cada vez mais no mundo do fantástico, tenho de dizer que, comparativamente aos best-sellers, este livro não me trouxe nada de novo. Proporcionou-me uma boa leitura, todavia, houve uma pequena resistência minha parte, logo ao início do primeiro capítulo, que acabou por desaparecer com o avançar os capítulos. E a parte boa é que não há nem vampiros nem anjos, que destes estou eu mais do que farta!
A escrita da autora é simples e acessível, contudo, ao reler, entendi que há descrições que são escusadas. A personalidade das personagens está bem marcada, tanto que entendemos perfeitamente quem fala sem quaisquer indicações e, os acidentes que vão surgindo na vida da Marina, tornam o livro mais interessante.
Para mal de alguns, como eu, que já li mais do que um bom par de livros e já vi diversos filmes sobre adolescentes, acabei por achar os acontecimentos bastante óbvios, o que tornou as coisas um pouco aborrecidas. Além disto, o que me irritou bastante foram a passividade da Ana, a amiga da Marina, que parece existir apenas para encher, e as paixões crescentes à velocidade da luz. Tanto por parte da Marina pelo Lucas, como por parte do Joshua para a Marina. Parece que, do dia para a noite, a existência deste triângulo amoroso é a única coisa importante nas suas vidas – o que me fez recordar a loucura da Bella pelo Edward e a forte pancada do Jacob pela Bela, o que me obriga a pensar: Espero que a Marina não se tente suicidar.
O grupo da Joana e das “Joanetes” não foi algo que me convenceu. Ando na escola há treze anos e sim, as raparigas ficam apanhadinhas por rapazes, mas não chegam ao ponto de cercá-lo, quase que o sufocando, mesmo que seja o novo brinquedo da escola.
Fora do que indiquei, não há muito mais a apontar, acho que a história pode ser melhor desenvolvida, tal como o conceito de “Perdidos”, que não é aprofundado neste primeiro volume.
Dou-lhe assim 3*»


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Citação| Excerto "Perdidos"


Página 73
De súbito, os candeeiros da rua piscaram e ameaçaram apagar-se. Foi então que o viu, mesmo antes das luzes se irem abaixo na zona defronte da sua casa. Foram apenas escassos segundos, mas tinha a certeza de que era ele. Do outro lado da estrada, sentado na muralha, estava o colega. Marina colou estupidamente as mãos à janela, como que querendo alcançá-lo, e bateu com um punho no vidro para chamar a sua atenção. Porém, o jardim estava agora às escuras e não conseguia divisá-lo em lado nenhum. Tinha de falar com ele. Quem sabia quando voltaria a vê-lo? Mas ele não a ouvia dali…

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Curiosidades Perdidos: Origens de Marina| Lost Ones Curiosities: Marina’s origins





Essa é outra característica minha que emprestei à Marina: a descendência da colónia de escravos de S. Romão do Sado. Antes de “Perdidos”, estava a trabalhar numa história sobre esta temática, mas como me faltou a inspiração, acabei por pô-la de parte. No entanto, e como acho que a literatura deve sempre ensinar algo, decidi aproveitar esse tópico e dá-lo a conhecer de forma resumida.


This is another feature of mine that I lent to Marina: her origins going back to the slaves of the former black colony of S. Romão do Sado. Before "Lost Ones", I was working on a story on this topic, but as I had no inspiration to continue it, I ended up putting it aside. However, and as I think that literature should always teach you something, I decided to take this topic and presenting it shortly.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Vencedor passatempo "Perdidos"


Ora ditou o Random.org que, de todas as participações, o exemplar de "Perdidos" fosse para a participação nº13. Assim sendo, a vencedora é Roberta Frontini, de Leiria. Parabéns, Roberta! O livro seguirá em breve ;-)

Entrevista Na Companhia dos Livros

A Isabel Maia, do blogue Na Companhia dos Livros, fez-me uma entrevista. Aqui a transcrevo:



UMA CONVERSA COM… RUTE CANHOTO
22/06/2013 BY ISABEL MAIA


A minha próxima conversa com autores nacionais desta vez muda-se para Sul, desta vez para falar um pouco com uma alentejana de gema que no seu último livro nos apresenta um pouco da sua cidade natal, Alcácer do Sal. Leitores, apresento-vos a Rute Canhoto!





Na Companhia dos Livros (NCDL) – Todas as entrevistas acabam por começar assim e a minha não vai fugir à regra. Em traços resumidos, quem é a Rute Canhoto?
Rute Canhoto (RC) – A Rute Canhoto, isto é, eu, sou uma pessoa sonhadora, persistente e esperançosa. Sonhadora, porque tenho grandes sonhos e gostaria de alcançar um monte de coisas; persistente, porque luto e persigo os meus sonhos; e esperançosa, porque tento dar o meu melhor e espero que o resultado seja do agrado de todos.


NCDL – Para ti, a escrita é um hobby recente ou é algo que já faz parte da tua natureza enquanto pessoa?
RC – É algo que faz parte da minha natureza há muito tempo. Tenho uma imaginação muito fértil e desde criança que me entretenho a criar histórias. Adoro escrever e não consigo imaginar a minha vida sem a escrita, que seja a ser um escape para me distanciar desta realidade e entrar noutra que mais me fascina.


NCDL – O que te fascina neste modo de expressão e comunicação que é a escrita?
RC – A possibilidade de passar aos outros (muitos outros!) o que me passa pela cabeça e, também, passar-lhes alguns conhecimentos de forma lúdica, pois acredito que a escrita, além de entreter, deve sempre ensinar algo. E é algo que perdura no tempo: eu posso perecer, mas o meu trabalho fica como recordação, pelo menos para aqueles que o apoiaram ou leram.


NCDL – Nas obras que publicaste até hoje, derivaste um pouco no que toca a géneros literários. “Almira, a Moura Encantada” foi no meu estilo preferido, o Romance Histórico; “Clara e o Natal” mais na área do conto e agora este “Perdidos” e os outros dois que o sucederão numa abordagem mais virada para o Fantástico. Em qual deles te sentes mais confortável a escrever?
RC – Sinto-me mais à vontade na vertente do fantástico, porque as possibilidades são infinitas – há sempre algo que pode ser criado ou reinventado de uma maneira completamente nova. Não gosto muito de escrever contos, porque acabo sempre por me alongar nas histórias, embora arrisque a escrever um ou outro de vez em quando. Quanto ao romance histórico, agrada-me a perspetiva de transmitir conhecimentos de forma “menos aborrecida”, embora seja um trabalho muito complicado, pois implica muita pesquisa e, às vezes, nem os próprios historiadores concordam nos factos, o que me deixa um pouco perdida em termos da veracidade do que digo e, claro, há sempre alguém que vem cobrar depois…


NCDL – Agora que “assentaste arraiais” no género Fantástico, vai manter-te nesse género por algum tempo ou tens planos para arriscar outros tipos literários?
RC – Vou manter-me no fantástico até acabar esta trilogia. Depois creio que vou tentar acabar o outro romance histórico que já tinha começado antes do “Perdidos” ou então avançarei logo para um romance que tenho em mente. Ainda não me decidi – primeiro, tenho de acabar a trilogia. Uma história de terror também não está fora dos meus planos


NCDL – Falando um pouco sobre o “Perdidos”, não tiveste receio que ao assumir que te inspiraste numa série que gostaste muito os leitores desvalorizassem o teu trabalho por ser “mais do mesmo”?
RC – Um pouco, mas foi por isso que optei por seguir um conceito diferente do que aparece nesses livros. Não há vampiros nem lobisomens ou zombies, mas algo que espero que seja inovador. Além disso, a inspiração do “Hush, Hush” não foi no sentido de querer fazer igual, mas de escrever algo dentro do fantástico – resumindo, deu-me a motivação para escrever num novo género. Às vezes, os leitores dizem-me que têm essa sensação, de que já leram a história em algum lado, e mencionam livros que eu nunca li. Talvez tenha de ler mais livros do género para evitar fazer algo que se aproxime deles…


NCDL – No decorrer da leitura reparei que fizeste uma descrição muito aprofundada de dois professores. Inspiraste-te em antigos docentes teus para criar o Professor Manelito ou o Professor Adelino?
RC – O professor Manelito é um “alter-ego” de um professor de Filosofia que tive, a quem chamávamos “Zézinho”. Era tido como o terror filosófico da escola, com fama de ser implacável e de exigir muito dos alunos, mas, afinal, isso acabou por não se verificar. É certo que se trata de uma pessoa que leva o seu trabalho muito a sério e não gosta de indisciplina, mas acabou por ser um dos meus professores preferidos. Quanto ao professor Adelino, existe mesmo e a descrição dele corresponde à realidade; foi uma espécie de homenagem que lhe fiz, por ter também sido um dos meus professores preferidos. Ambos os professores têm conhecimento disso, até porque assistiram à apresentação do meu livro na Escola Secundária de Alcácer e fiquei com a ideia de que acharam piada à iniciativa.


NCDL – Criar a entidade sobrenatural a que pertence Lucas requereu muita pesquisa?
RC – Muita. Se consultarem a internet, as informações que existem quanto a estes seres é diminuta, mas isso não é negativo de todo, pois deixa-me margem de manobra para lhes atribuir as características que quiser e explorar diversas facetas.


NCDL – Podes levantar o véu sobre quem serão as figuras de destaque do segundo volume da série?
RC – As figuras em destaque serão praticamente as mesmas, até porque o que eles fizeram não será esquecido e alguém terá uma grande sede de vingança. No entanto, o papel de algumas personagens será reciclado, de modo a que possam a intervir mais na história, além de que há igualmente personagens novas que vêm tornar as coisas mais interessantes.


NCDL – Partindo agora para o teu lado de leitora. Qual o género literário que mais aprecias?
RC – Adoro romances paranormais. Vê-se, lol! Gosto do despertar de sentimentos, das pequenas lutas até que tudo seja ultrapassado e que as possibilidades sejam múltiplas. Para não enjoar, vario às vezes, lendo outros géneros, mas acabo sempre por voltar ao mesmo, porque é desse que mais gosto.


NCDL – Escritor ou escritores preferidos? Em que medida o trabalho deles influencia a tua escrita?
RC – Não tenho escritores preferidos, embora goste do trabalho da Becca Fitzpatrick (principalmente do primeiro livro), Marion Zimmer Bradley e Jana Oliver. Apenas a Becca me influenciou, mas foi só no que disse respeito a dar-me motivação para me aventurar a escrever fantasia. Ah! Mas também gosto um pouco das lamechices do Nicholas Sparks; são boas para o meu coração mole.


NCDL – Livro ou livros que ocupem um lugar de destaque nos teus gostos pessoais enquanto leitora?
RC – A série “Hush, Hush”, claro, a série de Jana Oliver “The Demon Trappers” e o “Diário da Nossa Paixão”. Na minha estante, ainda por ler, tenho a série imortais de Alison Noel e a série Anjo Caído, da Laren Kate. Não faço ideia se são boas histórias, mas tenciono descobrir em breve.


NCDL – Se algum jovem escritor te pedisse um conselho, qual seria?
RC – Já pediram muitos, mas eu não sou nenhuma escritora na verdadeira aceção da palavra para me sentir intitulada a dar-lhes conselhos. O que posso dizer é que não devemos desistir dos nossos sonhos, devemos continuar sempre a escrever, e quanto às críticas… bem, Deus que foi Deus não agradou a todos. Acima de tudo, gostem do vosso trabalho, porque se vocês não gostarem, quem gostará?


NCDL – Por fim, gostarias de deixar algumas palavras aos leitores do NCDL e, quiçá, teus futuros leitores?
RC – Se chegaram até este ponto, então quero agradecer-lhes a paciência para lerem tudo o que escrevi, lol! Faço votos de boas leituras e nunca deixem de ler, pois os livros levam-nos a lugares maravilhosos e expandem os nossos horizontes.

Rute, muito obrigada pela disponibilidade demonstrada para responder às minhas perguntas! Desejo-te todo o sucesso do Mundo para o teu caminho pelo mundo dos livros e não só